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Autismo, Altas Habilidades e Dupla Excepcionalidade: a importância da avaliação neuropsicológica infantil

Muitas crianças com altas habilidades ou superdotação continuam invisíveis dentro das escolas, especialmente quando apresentam também características do Transtorno do Espectro Autista (TEA) ou outras condições do neurodesenvolvimento. Quando as dificuldades sociais, comportamentais ou de comunicação se sobrepõem ao desempenho acadêmico, esses estudantes frequentemente são subestimados, mal diagnosticados ou recebem apenas suporte para as dificuldades, sem que seus talentos sejam reconhecidos (Assouline et al., 2008; Merrotsy, 2). Essa invisibilidade pode gerar baixa motivação, dificuldades de adaptação escolar e sofrimento emocional, impedindo que desenvolvam seu potencial de maneira plena.

O termo dupla excepcionalidade (2e) é utilizado para descrever estudantes que, ao mesmo tempo, apresentam altas habilidades/superdotação e algum transtorno, como TEA, TDAH, transtornos de aprendizagem, entre outros (NAGC, 2020b; Reis et al., 2014). Esses alunos possuem altas capacidades cognitivas e criatividade elevada, mas enfrentam barreiras que podem mascarar seus talentos ou serem confundidas com desinteresse ou mau comportamento. Por isso, é fundamental que profissionais da educação e da saúde tenham conhecimento sobre esse perfil para que não se limite a criança a apenas uma de suas características.

Crianças autistas que também são superdotadas podem apresentar interesses restritos profundos, grande criatividade, pensamento crítico, rejeição a normas rígidas, humor sofisticado e busca por autenticidade (Piske, 2018; Ford et al., 2021). Ao mesmo tempo, podem ter dificuldade em compreender regras sociais implícitas, interpretar ironias, manter conversações recíprocas ou adaptar-se aos padrões escolares tradicionais (Assouline et al., 2008). A combinação desses elementos pode levar professores e famílias a interpretarem equivocadamente o comportamento da criança, reforçando mitos como “autistas não podem ser superdotados” ou “se é tão inteligente, não pode ter dificuldades”.

A avaliação neuropsicológica tem papel central no reconhecimento e no planejamento de intervenções adequadas, pois considera tanto os aspectos cognitivos e acadêmicos quanto o perfil socioemocional do estudante. Identificar a dupla excepcionalidade é garantir que essa criança tenha suporte para suas dificuldades e oportunidades para expandir seus talentos. Em nossa clínica, acolhemos essas demandas de forma especializada, com instrumentos validados, profisisonais especialistas, análise qualificada e devolutivas direcionadas à escola e à família, garantindo que cada estudante seja compreendido e tenha respeitado o direito ao seu desenvolvimento integral.

Para maiores informações sobre a avaliação neuropsicológica infantil entre em contato conosco:  (48) 99931-4705 (WhatsApp)

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